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quinta-feira, 28 de abril de 2011

A semana inteira, fiquei twittando, pra te ver curtindo, te ver comentando.

Gente,


A tecnologia aproximou as pessoas e criou um novo conceito em comunicação, isso nós não podemos negar. Mas ao mesmo tempo, nessa idéia de aproximação cyber-humana mora uma grande contradição. Quanto maior a evolução da tecnologia e das comunicações digitais, menores são as relações humanas presenciais.


Eu digo isso porque constantemente me deparo com situações em que a pessoa muitas vezes prefere ficar em frente à uma tela de computador, notebook, smartphone, tablets e afins ao invés de ir a algum lugar onde encontra seres humanos se interagindo. Quantas pessoas vivem religiosamente com o seu dispositivo digital ligado e online 24 horas por dia e afirma, de pés juntos, que jamais viveria sem o seu Tamagotchi do 3º Milênio? É claro, cara a cara você não pode falar mal sem sair ileso, cara a cara você tem que ter assunto e conteúdo para poder manter um diálogo, cara a cara a história é outra.


O famoso "Bichinho Virtual", muito popular nos anos 90


Outro ponto que me incomoda bastante é a superficialidade que as amizades adquiriram com essa evolução tecnológica. Podemos pegar um exemplo muito comum e próximo à nós: as redes sociais. Num perfil de facebook, o indivíduo pode ter 100.000 amigos, mas e aí? Em quantos desses você pode chorar no ombro? Quantos desses você pode contar os seus segredos mais profundos? Quantos desses são seus amigos de verdade? Hein?
Pôster do filme "A Rede Social"
Numa discussão que tive com meus amigos num dia desses, chegamos a uma situação muito verdadeira: Hoje em dia, o cara é seu amigo se você curte as postagens dele no "face" e ele faz o mesmo. As relações de amizade se reduziram a um simples comentário ou um clique. Estamos vendo uma geração de pessoas de conteúdo extremamente escasso vindo por aí para tomar o mundo.


Vocês podem pensar que eu, apresentando essa reflexão, seja extremamente contra esse tipo de relação digital. Mas não. Como estudante de comunicação, me tornei uma crítica e vejo que isso está acontecendo num ritmo frenético e pior: muitos, má muitos, estão se deixando levar por essa maré. Diante disso, a melhor coisa a se fazer é uma análise sobre os nossos relacionamentos. Pra mim, não há nada mais prazeroso do que passar um final de semana com os amigos ou sei lá, "não fazer nada juntos". Nada melhor que o toque físico, poder abraçar a pessoa que você gosta, olhar nos olhos. O mundo sempre existiu e os homens sempre se relacionavam sem a internet. Basta sabermos aproveitar essas novas e inovadoras ferramentas de um modo mais sensato, só isso. Não adianta mais, a revolução já se deu por vencida, agora é a hora de se aproveitar dela.


É isso. Comentem aí por favor!!